O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, pediu esclarecimentos à Policia Federal acerca do inquérito aberto contra o professor de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Aureo Mafra de Moraes pelo suposto crime atentado contra a honra da delegada Erika Marena, responsável pela prisão que levou ao suicídio do ex-reitor da instituição Luiz Carlos Cancellier. Apesar do pedido de prisão, a Marena, que atuou na Lava Jato, não conseguiu até o momento nenhuma prova de que Cancellier tenha cometido irregularidades.
O inquérito contra Aureo foi aberto após ele conceder entrevista tendo ao fundo cartazes que criticavam a prisão do ex-reitor e a condução das investigações. Embora o professor não tenha citado a delegada durante a entrevista, a PF ainda assim abriu inquérito contra ele. A repercussão do caso gerou críticas até mesmo no Supremo Tribunal Federal (STF), quando a Polícia federal foi acusada de autoritarismo por querer sufocar posições contrárias à sua atuação.
Segundo a assessoria do Ministério da Segurança Pública, o caso já vinha sendo analisado, mas que “diante da repercussão e das manifestações de autoridades e instituições”, o ministro resolveu pedir explicações à PF sobre a abertura do inquérito.